Em pesquisa recente, a consultoria empresarial americana McKinsey publicou insights sobre como acumulamos capital humano ao longo da nossa vida de trabalho, especialmente através da experiência profissional. O estudo revelou que o capital humano impacta tanto no conhecimento adquirido e na direção da carreira, quanto na riqueza que uma pessoa é capaz de acumular durante a vida.
Neste artigo, você vai ver o que é capital humano e como investir no seu desenvolvimento tem um papel fundamental para alcançar o sucesso do tamanho que você tanto quer.
O que você encontra aqui:
- O que é o capital humano?
- Como acumular capital humano ao longo da vida profissional
- A busca por novas funções profissionais
- Sua riqueza é proporcional ao seu capital humano
- 3 Prioridades para desenvolver o capital humano dentro das empresas
- Lição: capital humano é um compromisso compartilhado
- Quem é Maria Varnieri
O que é o capital humano?
O capital humano é o conhecimento coletivo acumulado em uma organização. Ele inclui os atributos e as habilidades dos profissionais, além da experiência da força de trabalho daquele local. O capital humano torna possível que negócios coloquem em prática suas estratégias e alcancem seus resultados. É ele que sustenta empresas e, portanto, a economia.
Entretanto, ele pertence fundamentalmente às próprias pessoas. Por isso, capital humano também pode ser entendido como o potencial que cada indivíduo tem. Ele começa a se acumular ainda na infância e vai crescendo ao longo da juventude e da vida adulta.
O capital humano se alimenta do progresso dos nossos conhecimentos, habilidades e experiências. Ele começa lá atrás, enquanto ainda somos crianças, e segue durante o período educacional e profissional.
Somos, portanto, fruto de uma evolução constante. E isso nos traz benefícios, como vamos ver a seguir.
Como acumular capital humano ao longo da vida profissional
Muitas empresas hoje se preocupam em atrair e avaliar talentos. Elas também se preocupam em reter colaboradores valiosos, já que trazem resultados positivos às suas estratégias. Paralelamente, há a necessidade de desenvolver certas habilidades e competências nos times para que estejam preparados para lidarem com desafios. Todos estes cuidados demonstrados cada vez mais pelas empresas falam de capital humano.
A preocupação é legítima, uma vez que, no mundo BANI, cada vez mais profissionais refletem sobre o que realmente desejam de seus trabalhos e buscam fazer a autogestão da própria carreira. Eles também avaliam se seus empregos estão ajudando suas carreiras a se moverem na direção desejada e querem alcançar o máximo da sua evolução. Por isso, te pergunto: como tem sido a sua experiência de trabalho até aqui?
A busca por novas funções profissionais
Os estudos da McKinsey indicam que assumir novas funções no trabalho, que requerem novas competências, contribui para o crescimento profissional e para o aumento da empregabilidade. Tais resultados são ainda mais significativos para os profissionais que não possuem uma educação robusta, como por exemplo uma graduação ou especialização/MBA, especialmente em universidades respeitadas. A McKinsey reforça que as empresas podem alavancar ainda mais a evolução destes profissionais ao criarem oportunidades de mudança de atividades e funções internas, estimulando aqueles que desejam evoluir e desenvolver mais autonomia e consciência. Principalmente se as funções do novo cargo demandarem novas habilidades e competências!
Por que se dar ao trabalho de mudar de cargo, desenvolver novas skills e enfrentar todos os desafios que vêm com esta mudança? Porque os dados comprovam: 46% do seu capital humano vem do grau e variedade de experiência profissional que você acumulou¹.
Sua riqueza é proporcional ao seu capital humano
Outro fator importantíssimo do estudo sobre capital humano é que ele responde pela sua capacidade de acumular riqueza. Segundo a McKinsey, o capital humano representa dois terços do patrimônio líquido per capita. Ou seja, é o maior componente da sua riqueza acumulada durante sua vida. Portanto, volto a perguntar: Como você está nutrindo o seu capital humano?
Quando você muda de função ou de atividade de trabalho, esta mudança te permite acumular diferentes habilidades e experiências. Não tenha medo de mudar ou de assumir novos desafios. Eles possibilitam a aquisição de novos atributos e qualidades profissionais, enriquecendo o seu capital humano.
Mudanças de papeis podem realmente valer a pena. E movimentos mais ousados de carreira resultam em retornos profissionais maiores! De acordo com a pesquisa¹, os profissionais que sobem na carreira é porque mudaram de função com mais frequência e fizeram movimentos mais ousados. E cada vez que alguém mudou de função, teve em média um aumento de salário de 30% a 45%.
3 Prioridades para desenvolver o capital humano dentro das empresas
Será que a empresa em que você trabalha – ou na qual está pensando em trabalhar – se importa com o capital humano e busca ajudar as pessoas a desenvolverem um comportamento empreendedor? Existem algumas posturas de gestores e recrutadores que indicam essa característica. Os líderes que se preocupam em atrair e reter talentos e em desenvolver pessoas priorizam pelo menos três aspectos:
1. Avaliam o potencial de desenvolvimento futuro
Estas empresas avaliam as pessoas não apenas por seus conhecimentos e habilidades, mas também pelo potencial e pela capacidade de aprender coisas novas. Além disso, contratam profissionais de diferentes backgrounds, idades, raças e culturas, o que enriquece as trocas internas pela diversificação de experiências.
2. Apostam na mobilidade interna
Entendem que a mobilidade interna gera maior conhecimento e experiência tanto para as pessoas quanto para a própria organização. Possibilitar movimentações para cima e laterais dentro dos planos de carreira organizacional é um chamariz para que novos talentos se interessem pela empresa. Também é útil para aqueles que já estão na empresa porque assim eles desejarão permanecer.
3. Fortalecem o coaching e treinamento
Fortalecer o coaching e treinamento durante o ciclo de vida dos colaboradores, estejam eles no início de carreira ou sempre que mudarem de função durante o tempo em que estiverem na empresa, é um ponto muito positivo. Negócios que se ocupam da evolução de seus profissionais se estabelecem como grandes organizações e se tornam ímãs de talentos.
💡Leia também: Como a personalidade influencia na carreira
Lição: capital humano é um compromisso compartilhado
Como já foi sinalizado, as empresas podem contribuir para as mudanças que os profissionais fazem ao longo da própria carreira. Porém, as pessoas não devem apenas esperar que as empresas criem oportunidades para desenvolver o seu capital humano. É importante você se tornar protagonista deste movimento. Saiba Como a Orientação de Carreira ajuda no seu crescimento profissional.
Assim como os profissionais não devem esperar que suas empresas criem condições para o seu desenvolvimento, as empresas não devem esperar que seus colaboradores, sozinhos, busquem a sua evolução. Os gestores de RH e as altas lideranças podem promover treinamento, programa de mentores e outras iniciativas internas para alavancar o capital humano coletivo. Se cada um fizer uma parte do movimento de ir atrás do desenvolvimento do capital humano, o resultado somado será muito maior e eficaz.
Quem é a autora: Maria Varnieri
Sou consultora especializada em carreira e auxilio profissionais em diversas situações, inclusive quando desejam aumentar seu capital humano. Faço isso por meio de encontros de Coaching de Carreira, Mentoria de Carreira e também da Orientação Profissional e de Carreira. Acesse as páginas dos serviços para descobrir qual deles é o mais indicado para você!
Também ajudo empresas a implantarem uma cultura de desenvolvimento de capital humano, seja através do Treinamento & Desenvolvimento de equipes ou programas de Coaching Empresarial. Entre em contato e conheça todas as possibilidades!
De onde saíram essas ideias
¹Anu Madgavkar, Bill Schaninger, Sven Smit, Lola Woetzel, Hamid Samandari, Davis Carlin, Jeongmin Seong e Kanmani Chockalingam. McKinsey Global Institute: Human Capital at Work. The Value of Experience. Junho de 2022.
